sexta-feira, 4 de abril de 2014

Nuvens

Olhar o céu e reconhecer os fenômenos é um jeito de aproximar da rotina a tranquilidade das viagens.
Aqui em Uberlândia o céu é colorido e bastante dinâmico. A maioria dos dias tem céu azul. As nuvens são bem delineadas e os finais de tarde cheios de pássaros em busca de um lugar para descansar. Pra quem mora em cidades acinzentadas...
Fonte: c/loud project
Gosto especialmente de observar os cúmulos das janelinhas do avião.






As nuvens aparecem assim divididas segundo as suas dimensões e altura da base:
ClasseDesignaçãoSímboloAltura da base (km)
Nuvens AltasCirrus (Cirro)Ci7-18
Cirrocumulus (Cirrocumulo)Cc
7-18
Cirrostratus (Cirrostrato)Cs7-18
Nuvens MédiasAltostratus (Altostrato)As2-7
Altocumulus (Altocumulo)Ac2-7
Nuvens BaixasStratus (Estrato)St0-2
Stratocumulus (Estratocumulo)Sc0-2
Nimbostratus (Nimbostrato)Ns0-4
Nuvens com desenvolvimento verticalCumulonimbus (Cumulonimbo)Cb0-3
Cumulus (Cumulo)Cu0-3
Apesar de parecerem muitos tipos, basta notar que resultam da combinação de algumas características básicas:
As nuvens altas são sempre antecedidas do prefixo cirro porque apresentam sempre um aspecto ténue e fibroso
As nuvens médias apresentam o prefixo alto
A designação estrato entra nas nuvens de maior extensão horizontal, enquanto a designação cumulo entra nas de maior desenvolvimento vertical
As nuvens capazes de produzir precipitação identificam-se com o termo nimbo.

Identificação de Nuvens

Vamos então identificar em pormenor cada um dos tipos, ilustrando com uma imagem representativa.

Cirrus

São as nuvens altas mais comuns. São finas e compridas e formam-se no topo da troposfera. Formam estruturas alongadas e permitem inferir a direção do vento àquela altitude (geralmente de Oeste). A sua presença é normalmente indicadora de bom tempo.

Cirrocumulus

São menos vistas do que os cirrus. Aparecem como pequenos puffs, redondos e brancos. Podem surgir individualmente ou em longas fileiras. Normalmente ocupam uma grande porção de céu.

Cirrostratus

São as nuvens finas que cobrem a totalidade do céu, causando uma diminuição da visibilidade. Como a luz atravessa os cristais de gelo que as constituem, dá-se refração, dando origem a halos e/ou sun dogs. Na aproximação de uma forte tempestade, estas nuvens surgem muito frequentemente e portanto dão uma pista para a previsão de chuva ou neve em 12 - 24h.

Altocumulus

São nuvens médias que são compostas na sua maioria por gotículas de água e quase nunca ultrapassam o 1 km de espessura. Têm a forma de pequenos tufos de algodão e distiguem-se dos cirrocumulus porque normalmente apresentam um dos lados da nuvem mais escuro que o outro. O aparecimento desta nuvens numa manhã quente de Verão pode ser um sinal para o aparecimento de nuvens de trovoada ao final da tarde.

Altostratus

São muito semelhantes aos cirrostratus, sendo muito mais espessas e com a base numa altitude mais baixa. Cobrem em geral a totalidade do céu quando estão presentes. O Sol fica muito ténue e não se formam halos como nos cirrostratus. Uma outra forma de os distinguir é olhar para o chão e procurar por sombras. Se existirem, então as nuvens não podem ser altostratus porque a luz que as consegue atravessar não é suficiente para produzir sombras. Se produzirem precipitação podem originar nimbostratus.

Nimbostratus

Nuvens baixas, escuras. Estão associados aos períodos de chuva contínua (de intensidade fraca a moderada). Podem ser confundidos com altostratus mais grossos, mas os nimbostratus são em geral de um cinzento mais escuro e normalmente nunca se vê o Sol através deles.

Stratocumulus

Nuvens baixas que aparecem em filas, ou agrupadas noutras formas. Normalmente consegue ver-se céu azul nos espaços entre elas. Produzem-se frequentemente a partir de um cumulus muito maior por altura do pôr-do-sol. Diferem dos altocumulus porque a sua base é muito mais baixa e são bastante maiores em dimensão. Raramente provocam precipitação, mas podem eventualmente provocar aguaceiros no Inverno se se desenvolverem verticalmente em nuvens maiores e os seus topos atingirem uma temperatura de -5ºC.

Stratus

É uma camada uniforme de nuvens que habitualmente cobre todo o céu e lembra um nevoeiro que não chega a tocar no chão. Aliás, se um nevoeiro espesso ascender, originam-se nuvens deste tipo. Normalmente não originam precipitação, que, a ocorrer, o faz sob a forma de chuvisco. Não deve ser confundida com os Nimbostratus (visto que estes originam precipitação fraca a moderada). Além disso, os stratus apresentam uma base mais uniforme. Além disso, estas nuvens não devem ser confundidas com altostratus visto que não deixam passar a luz direta do Sol.

Cumulus

São as nuvens mais vulgares de todas e aparecem com uma grande variedade de formas, sendo a mais vulgar a de um bocado de algodão. A base pode ir desde o branco até ao cinzento claro e pode localizar-se a partir dos 1000m de altitude (em dias húmidos). O topo da nuvem delimita o limite da corrente ascendente que lhe deu origem e habitualmente nunca atinge altitudes muito elevadas. Surgem bastante isoladas, distinguindo-se assim dos stratocumulus. Além disso, os cumulus têm um topo mais arredondado. Estas nuvens são normalmente chamadas cumulus de bom tempo, porque surgem associadas a dias soalheiros.

Cumulonimbus

São nuvens de tempestade, onde os fenómenos atmosféricos mais interessantes têm lugar (trovoadas, aguaceiros, granizo e até tornados). Extendem-se desde os 600m até à tropopausa (12 000 m). Ocorrem isoladamente ou em grupos. A energia libertada na condensação das gotas resulta em fortes correntes no interior da nuvem (ascendentes e descendentes). Na zona do topo, existem ventos fortes que podem originar a forma de uma bigorna.
Fonte: geofisica.fc.ul.pt apud http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/nuvem/nuvem.php  vale a pena visitar o Portal São Francisco para conhecer mais detalhadamente os tipos de nuvens e como classificá-las.


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fonte http://paperdreamblog.com/